As vezes, quando estou triste, me pergunto: quem roubou a minha caixa de lápis de cor.
Essa expressão tem uma inocência capaz de fazer gente grande tocar em coisas sérias sem ficar com medo de queimar a mão.
Algumas vezes, quando eu choro diante dessa indagação não é pelas cores que não encontro na caixa nem por lembrar de quem supostamente as roubou.
Choro por perceber que ainda dou aos outros o poder de roubá-las.
Por notar que, no fim das contas, quem rouba os meus lápis de cor preferidos sou eu.
Ana Jácomo
Essa expressão tem uma inocência capaz de fazer gente grande tocar em coisas sérias sem ficar com medo de queimar a mão.
Algumas vezes, quando eu choro diante dessa indagação não é pelas cores que não encontro na caixa nem por lembrar de quem supostamente as roubou.
Choro por perceber que ainda dou aos outros o poder de roubá-las.
Por notar que, no fim das contas, quem rouba os meus lápis de cor preferidos sou eu.
Ana Jácomo
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